Domingo, 27 de Março de 2005
Segunda-feira, 21 de Março de 2005
Amigo Branco, algumas coisas que tu deves saber:
Quando nasço, sou preto
Quando vou à escola, sou preto
Quando apanho sol, sou preto
Quando tenho frio, sou preto
Quando tenho medo, sou preto
Quando morro sou preto
E tu amigo branco?
Quando nasces, és cor-de-rosa
Quando vais à escola, és branco
Quando apanhas sol, ficas vermelho
Quando tens frio, ficas azul
Quando tens medo, ficas pálido
Quando estás doente, ficas amarelo
E quando morres, és cinzento
E és tu que me chamas «pessoa de cor»?
Quarta-feira, 16 de Março de 2005
Domingo, 6 de Março de 2005
O cigarro queimou-me
a ponta dos dedos
& como um toro
caiu no tapete
Os meus olhos viajaram
à procura da ponta
Agachada com meu gato
na janela ao lado
Nos meus ouvidos confluía a música
das ruas agitadas
Mas minha mente revoltava-se
contra o riso idiota
O crescente e medonho riso idiota
animando um exército de aspiradores
A boca enche-se com o sabor do cobre
Papel chinês, dinheiro estrangeiro, velhos cartazes
Giroscópio numa corda, uma mesa
Uma moeda roda. Os rostos
Há um público para nosso drama
Mágica máscara de sombra
Como o herói de um sonho, trabalha para nós
a nosso favor
A que distância está isto, de uma cópia final?
Caio, doce treva
Estranho mundo que espera e observa
Velho pavor da não-existência
Se não é problema, porque mencioná-lo?
Tudo o que se disse significa isso,
o seu contrário e tudo mais
Estou vivo. Estou a morrer.
James Douglas Morrison
Sábado, 5 de Março de 2005
Bem, eu conhecia alguém encantador
Ela usava fitas laranja no cabelo
era uma viagem
Sempre fora
Mas eu amava-a
Mesmo assim
Víamos a chuva na janela
O rádio estava partido
Mas ela sabia conversar, oh sim
Aprendemos a falar
E assim
passou um ano
Percorremos um caminho tão longo á procura disso
E acabámos a deitá-lo a perder
Tínhamos tudo
O que os amantes alguma vez tiveram
Estragamos tudo
E não estou triste
Bem, estou louco
E estou mal
E assim
passaram dois anos
Agora o mundo dela era laranja vivo
E o fogo brilhava
A amiga dela teve um bebe
E vivia conosco
Sim, quebramos a barreira da janela
Sim, batemos à porta
O telefone dela não respondeu
Sim, mas ela ainda está em casa
O pai dela não prestou muita atenção
E a irmã é uma estrela
E a mãe fuma diamantes
E ela dorme fora no carro
Sim, mas ela recorda Chicago
Os músicos e as guitarras
E a relva junto ao lago
E as pessoas que riam
E faziam o seu podre coração sofrer
Agora vivemos no vale
Trabalhamos na quinta
Subimos às montanhas
E tudo vai bem
E eu ainda aqui estou
E tu ainda aí estás
E nós ainda por aí andamos
Quinta-feira, 3 de Março de 2005
Foi em 1957, quando boa parte dos movimentos juvenis viviam empenhados no culto da paz e do amor, quando São Francisco abrigava a grande fuga hippy, quando os Beatles aderiram ao orientalismo e o status que recuperava comercial e culturalmente a paz o amor e a flor.
Jim Morrison, descendente de um marujo que não suportava a terra firme, insistia, com os Doors, em apelar para a violência e para o caos, em fazer guerra às normas universais e às modas mai evidentes, em demandar praias distantes e portos por achar.
As letras das canções de Morrison apresentam de facto um carácter de ruptura pronunciada: colagem, improviso, exploração das sonoridades, non-sense, são algumas das características mais importantes dessas letras.
Temas frequentes: a viagem, a mudança, a descida ás profundezas do maëlstorm, do sonho, do delírio, das florestas obscuras, das cidades-mães e das mães-cidades.
A fuga para os Domingos Azuis e para o Verão das Origens.
Mas também a deleitação morosa na imagem erótica, no mito da serpente, do deus do tigre, do deus lagarto, dos gatos incestuosos, dos sofás lascivos, dos rituais mágico-exóticos à beira dos grandes lagos maternos e profundos.
E principalmente a obsessão da transformação do mundo, da subversão da terra, do ataque às muralhas brancas-ango-saxónicas-protestantes.
Falta dizer que os Doors não se nunca recuperaram do carismático JIM, que se deu em 1971, em Paris, onde esperava ocultar-se de todos esses monstros para só escrever poemas.
M.J.G.
Quarta-feira, 2 de Março de 2005
Suas técnicas e pontos principais eram:
1. Presença de Palco - Tocando sua guitarra atrás da cabeça e das costas, rolando com ela no chão e tocando com a boca.
2. Destruição como música - Usando musicalmente sons produzidos como uma corda arrebentando, um amplificador derretendo ou uma guitarra arremessada contra uma caixa acústica.
3. Uso da Alavanca de Trêmolo - Costumava entortar a alavanca, tocando com ela
nas cordas, manipulando a alavanca com as duas mãos ou batendo nela para obter efeitos percussivos.
4. Uso de um "quinto dedo" - Usando o polegar para fazer acordes ou puxando as cordas velozmente para cima e para baixo no braço da guitarra com os outros dedos enquanto usava o polegar.
5. Técnicas de "Slide" - Deslizando sobre as cordas com seus anéis, esfregando a guitarra no pedestal do microfone ou passando o cotovelo nas cordas.
6. Truques de palheta - Fazendo truques de mão como um mágico, fazia a palheta desaparecer para poder dedilhar e fazendo-a reaparecer a seguir.
7. Afinação - Mudando a afinação no meio da música para conseguir variações de tom.
8. Uso dos Controles da Guitarra - Controlando o volume e a tonalidade na própria guitarra enquanto nos amplificadores eles estavam sempre no máximo, fazia também mudanças rápidas nas chaves que liga os captadores e puxava e raspava as molas que prendem as cordas no corpo da guitarra.
9. Uso do Corpo da Guitarra - Tocando tanto nas cordas como no corpo, batendo com o punho nas costas da guitarra, sacudindo a guitarra ou envergando o braço da guitarra para trás e para a frente enquanto tocava.
10. Uso da Eletrônica - Além de usar os pedais e efeitos de fita e estúdio, ele usava o próprio corpo, colocando-se diante de um alto-falante para obter vários tipos de microfonia, sendo capaz de gerar feedback em duas ou três cordas, modular e alterar o ruído enquanto solava nas cordas restantes.
Nasceu: Seattle, Washington(EUA), no dia 27 de novembro de 1942, às 10:15 da manhã, no hospital King County.
Filho de: mãe Lucille Jeter, (filha de uma índia Cherokee) e seu pai, James Allen Hendrix.
Morte/ Causa: dia 18 de setembro de 1970, uma quinta-feira de manhã, Jimi morreu sufocado no seu próprio vomito, que se supõe de abuso de estupefacientes.
A friend is someone who gives you total freedom to be yourself.
Expose yourself to your deepest fear; after that, fear has no power, and the fear of freedom shrinks and vanishes. You are free.
Friends can help each other. A true friend is someone who lets you have total freedom to be yourself-and especially to feel. Or, not feel. Whatever you happen to be feeling at the moment is fine with them. That's what real love amounts to-letting a person be what he really is.
I am the lizard king. I can do anything
I think in art, but especially in films, people are trying to confirm their own existences.
Some of the worst mistakes of my life have been haircuts.