Sexta-feira, 9 de Julho de 2004

AUTO ENTREVISTA



Penso que a entrevista é a nova forma de arte. Penso que se entrevistarmos- nos a nós próprios é a essência da criatividade. Colocarmo-nos perguntas e tentar encontrar respostas. Um escritor está apenas a responder perguntas que não foram expressas.
É parecido com responder a perguntas na posição da testemunha. É esse lugar estranho em que se tenta agarrar o que aconteceu no passado e lembrar com honestidade o que estava a tentar fazer. É um exercício mental crucial. Uma entrevista da- nos muitas vezes oportunidade de confrontar o nosso espírito com questões, que para mim são tudo aquilo que a arte é. Uma entrevista também nos dá oportunidade de eliminar o mero preenchimento de espaços em branco. . . devemos tentar ser explícitos, precisos, ir ao cerne da questão . . . nada de tretas. A entrevista tem antecedentes no confessionário, no debate, no interrogatório. A partir do momento em que se diga uma coisa não se pode voltar atrás. Já é tarde. É um momento muito vital.
Eu estou como que preso ao jogo da arte e da literatura; os meus heróis são artistas e escritores.
Sempre quis escrever, mas sempre achei que não seria bom, a menos que duma forma qualquer a mão pegasse na caneta e começasse a mover-se sem eu ter realmente nada a ver com isso. Como a escrita automática. Mas nunca aconteceu.
Escrevi algumas poemas , de fato. Acho que por volta do quinto ou do sexto ano um poema intitulado "The Pony Express". É o primeiro de que me lembro. Era um desses poemas tipo balada . Contudo nunca consegui trazer à luz.
"Horse Latitudes" (Latitudes do Cavalo) , escrevi-o quando estava no liceu. Eu tinha uma quantidade de cadernos , durante o tempo do liceu e da faculdade, mas quando deixei os estudos por alguma razão estúpida, ou talvez sensata, joguei tudo fora. . . Escrevia nesses cadernos noite após noite. Mas talvez se não o tivesse jogado fora, nunca teria escrito nada de original, porque eles eram sobretudo acumulações de coisas que eu tinha lido e ouvido, citações de livros. Acho que se não me tivesse desfeito deles nunca me teria tornado livre.
Oiçam. a verdadeira poesia não diz nada apenas destaca as possibilidades. Abre-se todas as portas. As pessoas podem atravessar aquela que se lhes ajusta.
E. . .é por isso que sinto pela poesia este apelo tão forte, porque é eterna. Enquanto houver pessoas, elas podem lembrar-se de palavras ou combinações de palavras. Mas nada pode sobreviver ao holocausto a não ser a poesia e as canções. Ninguém se consegue lembrar de um romance inteiro. Ninguém consegue descrever um filme, uma escultura, uma pintura mas enquanto houver seres humanos, as canções e a poesia sobreviverão.
Se minha poesia pretende atingir alguma coisa é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que sentem.


JIM MORRISON( Los Angeles 1969-1971)






O REI LAGARTOE ETERNO

publicado por MR-MORRISON às 01:29
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Sábado, 3 de Julho de 2004

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Desculpem mas por muitas fotos q eu veja por mt q leia eu continuo a ficar na minha.



O REILAGARTO É ETERNO.

publicado por MR-MORRISON às 12:49
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MISTERIO




Data mt triste 03/07/1971.
Misterio do desaparecimento do maior MITO.
No final de 70 JIM é condenado a 70 anos de prisão, foi solto provisoriamente perante uma fiança de 50.000 dolares.
Só a Pam viu o corpo do Jim o caso só foi divulgado a imprensa no dia 09/07/19971.


Será? Estarás sempre imortalizado na nossa vida.





O REI LAGARTO É ETERNO

publicado por MR-MORRISON às 01:54
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Há duas maneiras de viver a vida: 1, é como se nada fosse milagre, a outras é como se tudo fosse milagre. "Einstein"


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